sábado, 22 de maio de 2010

Cinzas

Pude sentir o vento cortando minha face
Me puxando os cabelos, tão delicadamente.
Enquanto, por estas árvores, eu procurava uma simples salvação.
Os trovões, tão nervosos, discutiam entre si
A chuva que teima em cair, tão incessante, busca um refúgio por entre estes caminhos.
Caminhos já gastos, fundos, sem grama, sem cor, sem nada...
Então a teimosa chuva dá lugar para a neve espalhar sua mortal doçura.
Inverno majestoso e cruel, tão convencido de sua beleza infinita,
Não se intimida, derramando suas lágrimas sobre estas árvores... e sobre mim.
Lágrimas cruéis que enfraquecem o meu coração e me cortam a pele
Já tão marcada de loucuras antigas.

Não há salvação,
Não há perdão,
Não há glória,
Não há despertar,
Não há adormecer.
Que resta?

3 comentários:

  1. Resta um lovely winter. Gostei bastante, mas meio mórbido não? Triste?! =s Não é legal te ver assim.

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  2. Alles, was Sie schreiben, ist vollkommen, göttlich, herrlich
    Küsse...

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