quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Promessas de Sangue - Parte I.

"Eu te protegerei, meu amor...
É para isso que estou aqui.
Por você. Para você."


Suas doces palavras
Sussurradas ao meu ouvido,
Nos dias chuvosos
E melancólicos do Outono
Uma noite, chegaram ao fim.

Quando a prata fria e reluzente
Atravessou meu coração
Você me segurou em seus braços,
Cortou sua alma
E me deixou bebe-la...
Acreditando que poderia,
Em um simples ato de culpa,
Me salvar de toda a perdição.

Não. Você não pôde.

Promessas de Sangue - Parte II.

Te guardei então,
Quando caí,
Perto do coração,
Em forma de uma rosa carmesim
Que você pendurou em meu pescoço
Quando, cruelmente, tive que partir.

Beijou meus lábios,
Manchados pelo teu sangue,
E me deu as costas...
Prometendo me encontrar
Adormecida em alguma alma perdida
Esperando para ser amada
Por você outra vez.

Promessas de Sangue - Parte III.

Por séculos te procurei
Meu puro amor...
Minha inocente alma perdida...
Em cada olhar
Tentei desesperadamente
Te encontrar.

Todas as almas que
Perderam a inocência
Ao longo dos séculos
Não poderiam ser a sua.

Pelas minhas angustiantes buscas
Na neve que manchei de vermelho,
Nos pesadelos que me tiraram as noites
E as transformam em minha tortura,
Encontrei a alma perversa que te tirou dos meus braços
E a jogou em um caminho tingido pelo sangue
Daqueles que caíram antes de ti.

Com um sorriso sádico
A ele encontrou meus olhos
E jurou, jurou por sua falsa divindade
Esperar a eternidade para te fazer cair
Mais uma vez
Diante de mim.

Minha querida...
Eu gostaria aqui de poder narrar-lhe
Então o próximo ocorrido...
Mas, sua divina e pura alma não há de entender
O que as mãos de um homem
Como eu são capazes de fazer
Por um amor cego e doentio.

Por fim, devo confessar que
Me foi glorioso ver o vermelho notável
Escorrer a garganta da alma sádica
E dar vida ao branco sem brilho da neve.

Promessas de Sangue - Parte IV.

Seus dedos frios afastaram
Os fios relutantes dos meus olhos
E seus lábios tocaram os meus,
Seus braços me envolveram
Em desesperada solidão e desejo.

Ah...
A eternidade de dois séculos
Enfim havia terminado.
A sua promessa escrita com sangue
Foi comprida...
E eu estou aqui,
Por você. Para você.
Eternamente ao seu lado.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

My love is red like your soul.

É como se esse amor
Estivesse escorrendo
Por entre meus dedos
E eu não pudesse evitar.

Talvez colocar uma máscara
No mundo para fingir
Que nada aconteceu
Não seja a melhor opção.

E quando toda a minha esperança morrer
Espero que você esteja aqui.
E quando todo esse amor nos cegar
Espero que você esteja aqui...
Pois eu estarei sempre aí.

Não posso te escrever versos tão bonitos,
Muito menos grandes poemas
Que falam de paixão...

Apenas poucas linhas por vez
Que cortam como navalhas
E derramam esse amor
Para fora do meu coração.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

My Lord...

My fantasy is real,
My feelings are real,
And my silent heart is crying
Since the destiny killed the hope.

With my head on your chest
I hear your heart beating
And in every beat my breath stops.

Oh my Lord, i'm begging you,
Take my life away
Because my sin is too heavy
And i can't... i can't.

Call the rain to wash my face
Call the rain to wash my soul.

Lord, I'm begging you...
Finish your job and let me
Lay down in your arms.

Dias de sangue.

Eu vou procurar o que não pode ser procurado,
Eu vou seguir o que não pode ser seguido
E com esse sorriso gélido
Eu possuirei qualquer coisa que não pode ser possuída.

Chegue mais perto
E se tentar talvez vai conseguir
Sentir o aroma doce do meu perfume de sangue.

Fios de cabelo que acompanham o vento
E dançantes tocam os meus lábios vermelhos,
Enquanto observo tal criatura
Tão mortal e desprezível
Caída aos meus pés.

Implora agarrada à seda
De meu Vitoriano vestido
Para que eu lhe poupe a vida.

"Por favor...por...favor... n-não me mate..."
Tão tola que mal sabe o seu fim!

Mas.. só depois de muito sofrer
A pobre criatura entendeu que:

O meu objetivo não era matá-la...
Morrer foi apenas uma consequencia de sorte.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nosso amor é como o inverno.

Quero morrer no seu coração
Quero morrer nos seus braços
Porque tudo que eu vejo
É meu coração em pedaços.

Neste sono profundo
Tão frio...
Morto para o mundo.

Meu amor mais não tem algum significado
Que signifique algo para ti.

Seu amor nada me parece verdadeiro
Como os olhos da morte ao abraçar minha alma.

Feche seus olhos
E eu fecharei os meus.

Lembre-se de hoje
E eu me lembrarei de amanhã.

E, porque razão,
Todas essas lágrimas não me deixam te ver?

wo ai ni!

sábado, 30 de outubro de 2010

Deixe...

Deixe ser
Deixe estar
Deixe sangrar
Deixe queimar
Deixe arder.

Deixe doer
Deixe escorrer
Deixe derramar
Deixe correr
Deixe beber.

Deixe quebrar
Deixe cortar
Deixer morrer
Deixe cair
Deixe acabar.

Apenas me deixe.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dançar.

Ombros pesados,
Peito apertado,
Sem ar, sem força.

Apenas esperando que você
Esteja ao meu lado para me segurar
Assim que eu cair

Assim que o mundo
Me colocar no chão
Outra vez.

Nem palavras são suficientes para
Tirar esse fardo que carrego no meu coração
Esse fardo terrível com nome tão simples de amor.
Amor maldito que está me matando,
Corroendo meu coração e minha mente.

Posso sentir o vento tão gélido cortando meu rosto
Enquanto na doçura dos movimentos
Meu coração bate mais leve,
Mais vivo, mais alegre, mais livre.

É quando consigo tirar você do meu coração
E dar lugar a vida, a música, a dança.
É quando consigo tirar você da minha mente
E dar lugar a harmonia da música, que move meu corpo
Em movimentos tão simples
Que me livram da dor
De viver pensando em ti.